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Londrina/PR 29/10/2020 – Antes de iniciar o tratamento oncológico, é possível realizar o congelamento de óvulos ou embriões.
Para mulheres que estão enfrentando um tratamento com quimioterapia, radioterapia ou cirúrgico, a medicina reprodutiva oferece técnicas para preservar a fertilidade.
Em um exame de rotina, Gehisa Vieira Gomide, que se cuidava há anos devido ao histórico familiar, foi diagnosticada com câncer de mama. A nutricionista, que já pensava em preservar sua fertilidade para uma possível gravidez futura, não pensou duas vezes e optou pelo congelamento de óvulos.
Antes de iniciar o tratamento oncológico, é possível realizar o congelamento de óvulos ou embriões, explica o médico especialista em reprodução humana Vinícius Stawinski. Em ambos os casos, é feita a estimulação ovariana para aumentar o crescimento dos folículos e amadurecimento dos óvulos.
No caso de congelamento de óvulos, eles não são fertilizados. Já o congelamento de embriões acontece após os óvulos serem fertilizados com espermatozóides por meio da fertilização in vitro (FIV).
“A medicina tem avançado muito para encontrar a cura do câncer, e a sociedade está cada vez mais sensata sobre os cuidados e a prevenção, assim como fez a Gehisa. Para mulheres que estão a enfrentar um tratamento com quimioterapia, radioterapia ou cirúrgico, a medicina reprodutiva oferece técnicas para preservar a fertilidade”, pontua o médico.
Alerta ligado
Como a mãe e três tias maternas já tiveram câncer de mama, Gehisa, há vários anos, fazia acompanhamento e exames médicos regularmente. Na época da consulta de rotina, ela sentiu umas “bolinhas” na região entre a mama e axila. Após uma cirurgia para retirada de linfonodos axilares, foram detectadas células de câncer de mama, em novembro de 2019, quando a nutricionista estava com 37 anos. Era preciso iniciar imediatamente a quimioterapia e fazer uma cirurgia para retirada de mama. A decisão foi congelar óvulos.
“Eu já tinha passado em consulta com o Dr. Vinícius antes de tudo isso. Já pensava em congelar óvulos por não ter perspectiva de engravidar nos próximos anos e ser algo que eu queria e quero. Eu conversei com a minha médica e e ela falou que teria que ser antes de qualquer quimioterapia porque, após a primeira quimio, já afetaria o ovário e a minha produção de óvulos. Mais do que nunca, eu não tive dúvidas”, relembra.
Gehisa entrou em contato com o consultório do especialista e, logo após a consulta, já iniciou os procedimentos para o congelamento. “Isso foi algo que me deu uma força, que me animou. O fato dessa estimulação de óvulos e do congelamento foi algo positivo que eu vivi nesse momento esperançoso. Não me arrependo. Com certeza, eles estão lá congelados. Eu falo que eu não sei se eu vou usar ainda, mas eu fico muito tranquila, segura, de saber que eu tenho essa garantia de óvulos congelados para que, se um dia eu precisar, eu venha a usá-los”, comenta.
Após quase um ano do diagnóstico, Gehisa continua em tratamento. “Estou bem, graças a Deus. Tive apoio de pessoas maravilhosas, estou na reta final. A espiritualidade, a fé me ajudou muito, a rede de apoio, a equipe médica e todo um combinado foram muito importantes. A adequada indicação de exames e, claro, o monitoramento e acompanhamento sempre conforme indicação médica”, diz. A nutricionista aconselha: “É preciso ter saúde de corpo e mente. Descanso. Não se cobrar, se permitir e aceitar fazer o que consegue”.
Outubro Rosa
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama. O objetivo é compartilhar informações sobre a doença, bem como proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
Website: http://www.drviniciusstawinski.com.br