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São Paulo, SP 15/1/2021 – A vacinação consiste em colocar um indivíduo saudável em contato com um vírus ou bactéria, preparados de forma que não causem patologias
O objetivo das campanhas de vacinação é evitar a proliferação de doenças contagiosas mediante imunização em massa
O Brasil é um dos países que possui o maior programa público de imunização do mundo, onde são distribuídas mais de 300 milhões de doses de imunobiológicos, anualmente, de acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. E advertem que para o cidadão se manter imunizado, não é apenas uma questão individual, mas sim de proteção de toda uma sociedade.
No atual cenário da pandemia da covid-19, e com o distanciamento social, houve diminuição na cobertura de aplicações das imunizações, o que deixou em alerta o Ministério da Saúde. A vacinação é primordial para o controle e prevenção de doenças ao longo de muitos anos, e este método foi o responsável direto para eliminação de várias enfermidades não só no Brasil, mas em todos os países, segundo o Júlio César de Oliveira, graduado em Enfermagem pelo Centro Universitário UNA de Minas Gerais.
As vacinas foram criadas para reduzir as mortes causadas por doenças contagiosas, relata o enfermeiro, e seu início se deu na China onde médicos e pesquisadores contaminavam pessoas saudáveis com crosta de pele de indivíduos contaminados para que manifestassem a doença de forma branda, porque acreditavam que não adoeceriam novamente, e de testes em testes surgia a vacina. O profissional também lembra que esse método deu inicio a pesquisas sobre imunizações, e que no Brasil apareceu por volta de 1804 no combate à varíola.
“A vacinação consiste em colocar um indivíduo saudável em contato com um vírus ou bactéria, preparados de forma que não causem patologias. Assim seu sistema de defesa, através de anticorpos, fica preparado para quando um desses organismos, na sua forma agressiva, entrar em contato com ele. Tornando, assim, a pessoa imune àquele tipo de doença, sendo capaz de se defender”, informa Oliveira, que possui vasta experiência em assistência de enfermagem nas salas de vacinação, pelo Hospital da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais, também tem curso de Estágio de Resgate Básico e experiência em supervisionar equipe técnica de enfermagem em unidade de Pronto Atendimento, além de assistência em saúde do trabalho.
O programa Nacional de Imunização (PNI), criado em 1973 pelo Ministério da Saúde, visa erradicar a proliferação de doenças contagiosas mediante imunização em massa. Segundo o profissional de saúde, é uma missão não só do Estado, mas também de todos os cidadãos. E explica que com objetivo de reforçar a importância das vacinas, foi criado o Dia Nacional da Imunização. “No dia 9 de junho, comemoramos e reforçamos a importância das aplicações das vacinas, no país. Lembrando como ela erradicou enfermidades como a varíola em todo o mundo, e como diminuiu a incidência de outras patologias graves como sarampo, poliomielite, rubéola, tétano, caxumba, gripe, entre outros. Repassamos como as imunizações são essenciais contra doenças que ameaçam nossa saúde, em todas as idades”, menciona Oliveira.
Nas campanhas de vacinação, de acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), conta-se com cerca de 37 mil postos públicos de vacinação de rotina em todo o país, sendo que, contabilizadas as realizadas anualmente, este número chega até 50 mil postos e 51 Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs).
“A grande maioria das vacinas não possui uma eficácia de 100%, mas no meio militar elas são comparadas a um colete à prova de balas. O colete à prova de balas, assim como as vacinas, muitas vezes não consegue proteger o corpo todo, mas é muito melhor estar com ele para a batalha do que estar sem”, conclui o enfermeiro Júlio Cesar de Oliveira, que tem experiência em Unidade de Pronta Atendimento com acolhimento de pacientes com classificação de risco; assistência de enfermagem em sala de emergência; em unidade de internação e supervisão da equipe técnica de enfermagem.