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São Paulo – SP 12/11/2020 – Seis dos 10 tipos de câncer mais prevalentes na população brasileira estão relacionados ao estilo de vida
Estudo mostra que a perda de 9 quilos pode reduzir em 50% risco para a doença
A redução de aproximadamente 9 quilos é capaz de diminuir pela metade o risco para o câncer de mama, segundo estudos da Associação Americana de Pesquisa em Câncer (AACR). A pesquisa foi endossada pelo Journal of the National Cancer Institute (JNCI) que mostrou a relação entre a obesidade e o câncer de mama.
De acordo com as análises, a melhora no estilo e na qualidade de vida com alimentação saudável e prática de exercícios físicos, consegue diminuir o peso e a gordura corporal, e consequentemente, diminuir a inflamação crônica corporal, a produção de radicais livres que mudam o funcionamento das células e predispõem para o surgimento de tumores. A pesquisa intitulada ‘Lifestyle Intervention for the Reduction of Breast Cancer Risk in Normal Weight Womam’ foi feita em 2019 e destacou a relação entre a obesidade e o câncer de mama.
De acordo com a mastologista do IBCC Oncologia, Dra. Vanessa Donatelli, é fundamental que a mulher mantenha o peso adequado com uma alimentação rica em nutrientes e com a prática de atividades físicas regular. “Hoje em dia a obesidade é considerada um estado inflamatório constante do organismo. Nessa situação, há a produção de substâncias tóxicas capazes de estimular o desenvolvimento de células malignas”, afirma a mastologista.
A nutricionista do IBCC Oncologia, Jaqueline Carvalho, explica que a manutenção do peso durante o tratamento do câncer de mama está relacionada ao melhor prognóstico. “Devemos lembrar que a obesidade vai além do peso da balança, o que pode impactar no tratamento é a quantidade de gordura corporal e é esse excesso de gordura que pode ser um dos fatores decisivos durante esse período”, destaca.
Segundo a nutricionista, é importante que todos os pacientes oncológicos mantenham hábitos alimentares saudáveis como: eliminar produtos ultraprocessados, como bolachas, sucos industrializados e alimentos que contenham farinha branca; abolir embutidos como salame, salsicha, linguiça, presunto e peito de peru. “A alimentação rica em frutas, verduras e legumes; a inclusão à dieta de itens nutricionais como grãos integrais; e a introdução de atividade física regular, tudo feito com orientação médica e profissional, são iniciativas que estão associadas à menor toxicidade da quimioterapia e melhores desfechos”, conclui.
Apesar das publicações associarem ao câncer de mama, a obesidade é considerada fator de risco para outros tipos de câncer, segundo a oncologista e pesquisadora do IBCC Oncologia, Dra. Lilian Arruda. “Um documento publicado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 16 de outubro de 2020, alerta que 6 dos 10 tipos de câncer mais prevalentes na população brasileira estão relacionados a uma alimentação inadequada, excesso de gordura corporal, sedentarismo e consumo de bebidas alcoólicas. Dentre eles, destacamos o câncer de mama (em mulheres na pré-menopausa ou pós-menopausa), de próstata e colorretal”, diz.
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